Presidente de Burkina Faso Impõe Regras Severas Contra Exposição nas Redes e Comportamentos Afeminados

Presidente de Burkina Faso Impõe Regras Severas Contra Exposição nas Redes e Comportamentos Afeminados

O presidente interino de Burkina Faso, Ibrahim Traoré, adotou medidas rígidas que têm repercutido internacionalmente. Conhecido por sua postura firme e conservadora, Traoré determinou a proibição de que mulheres burquinenses publiquem fotos nas redes sociais vestindo roupas íntimas ou reveladoras. 

A nova regra é parte de uma campanha governamental que, segundo ele, visa preservar os valores morais e culturais do país africano.

Além da restrição direcionada ao público feminino, o líder também declarou guerra a comportamentos considerados "afeminados" entre os homens. De acordo com o comunicado oficial divulgado pelo governo, manifestações públicas de comportamento que destoem do que Traoré considera conduta masculina tradicional também serão alvo de punições.

O presidente afirmou que qualquer mulher que desrespeitar a nova diretriz, ao postar imagens sensuais ou em roupas íntimas na internet, poderá ser condenada a até cinco anos de prisão. 

A mesma pena poderá ser aplicada a homens que apresentem comportamentos julgados como "paninas", termo local usado de forma pejorativa para descrever atitudes vistas como femininas ou fora dos padrões normativos de masculinidade.

As medidas já geraram reações diversas dentro e fora de Burkina Faso. Enquanto alguns apoiadores do governo alegam que a decisão é uma tentativa de proteger a juventude e restaurar os princípios culturais do país, organizações de direitos humanos e defensores da liberdade de expressão classificaram a ação como autoritária e discriminatória.

Traoré, que assumiu o poder por meio de um golpe militar em 2022, continua adotando uma linha dura em diversas frentes políticas e sociais. Com este novo decreto, ele reforça seu controle sobre o comportamento público e privado dos cidadãos, especialmente em plataformas digitais.

A comunidade internacional aguarda possíveis manifestações de órgãos como a ONU e a União Africana, que podem se posicionar diante das implicações sociais e jurídicas dessas restrições em Burkina Faso. Leia mais...

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