Clemente Carlos Classifica Marcha como "Bem-Sucedida", Apesar de Intervenção Policial
Apesar de ter sido impedida pela Unidade de Intervenção Rápida (UIR), a marcha pacífica convocada pelo jornalista e ativista moçambicano Clemente Carlos para este sábado, 19 de abril, foi considerada por ele como "bem-sucedida".
A declaração foi feita durante uma transmissão ao vivo nas suas redes sociais, em que expressou sua satisfação com os resultados alcançados, mesmo sem a realização plena do protesto.
O objetivo da marcha era denunciar os constantes casos de sequestros, raptos e assassinatos de jovens no país, em especial aqueles ligados ao movimento de apoio a Venâncio Mondlane. Carlos destacou que, embora a manifestação tenha sido cancelada por "ordens superiores", sua missão foi cumprida ao chamar atenção pública e mediática para o problema.
A presença massiva de agentes da UIR, em número superior ao de manifestantes, gerou indignação no ativista, que questionou a imparcialidade do direito à manifestação no país. Segundo ele, apenas simpatizantes da Frelimo parecem ter liberdade para se expressar nas ruas, enquanto vozes dissidentes enfrentam repressão.
Clemente também criticou duramente a atuação da polícia, acusando a força de segurança de recorrer a gás lacrimogêneo para dispersar os poucos manifestantes presentes, mesmo sob os olhares de órgãos de comunicação nacionais e internacionais.
"Mesmo diante das câmeras, a UIR agiu como de costume: com repressão e violência", declarou o jornalista, visivelmente frustrado.
Apesar da repressão, Clemente Carlos reafirmou seu compromisso com a causa e garantiu que continuará a lutar contra a violência dirigida à juventude moçambicana.
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