Professores de Moçambique ameaçam nova greve nacional devido a promessas não cumpridas pelo Governo
A tensão entre o Governo de Moçambique e a Associação dos Professores de Moçambique (ANAPRO) aumenta com a possibilidade de uma nova greve nacional.
O governo afirma que já efetuou o pagamento das horas extraordinárias referentes a 2022, mas a ANAPRO contesta essa versão, alegando que as promessas feitas pelo Executivo não foram cumpridas. Em resposta, a associação critica o que considera "discursos triunfalistas" por parte das autoridades e exige ações concretas.
O presidente da ANAPRO anunciou que a associação deu até hoje como prazo final para o Governo regularizar a situação e cumprir com os compromissos assumidos.
Caso contrário, a paralisação das atividades será a única forma de protesto viável, repetindo o cenário de greve nacional que já afetou o país anteriormente.
"Neste momento não temos nenhuma outra forma de luta a não ser a paralisação das atividades. Se o governo não se pronunciar e não pagar como deve pagar, não nos restará mais nada a não ser, mais uma vez mais, voltar a decretar a paralisação a nível nacional", afirmou o presidente da ANAPRO.
Essa ameaça de greve pode ter sérias implicações para a educação no país, afetando o calendário escolar e o funcionamento das instituições de ensino.
O impasse sobre os pagamentos das horas extraordinárias e outras reivindicações dos professores coloca em xeque a relação entre os educadores e o Governo, o que pode levar a um agravamento da crise no setor educacional.
A população e os alunos aguardam ansiosamente por uma solução que evite mais um período de paralisação, que prejudicaria o andamento das aulas e o desenvolvimento do sistema educacional no país. Ver mais